Jóias da numismática brasileira

Nessa postagem propomos a criação de um arquivo de imagens de raridades da Numismática do Brasil. A fim de inaugurar o tópico, colocamos como primeira moeda, um verdadeiro achado dos últimos anos. Não só pela raridade da data, mas também pelos particulares da variante e pelo excepcional estado de conservação, consideramos o exemplar a seguir, como um “diamante” da coleção brasileira...ÚNICA.


Figura: Interessante e raríssimo exemplar de 3.200 Réis da Casa da Moeda do Rio de Janeiro, demonstrando que o cunho foi usado em três datas diferentes (data emendada). A primeira, 1754, onde se pode notar os traços do “4”. Em seguida, a data foi emendada para 1755, com os detalhes do “5” pouco visíveis. A última data, 1756, é a da moeda da foto acima. 
Essa moeda foi leiloada nos EUA, pela Casa de Leilões Heritage, no mês de janeiro de 2011 (estado de conservação MS 65 - FDCE). A raridade do exemplar se deve não somente à própria moeda (são muito raras, no mercado, as moedas de 3.200 Réis), mas também ao seu excepcional estado de conservação e a particularidade das datas emendadas. A descrição do catálogo americano a define como “Gem Uncirculated”. Sem dúvida, um dos mais belos e raros exemplares de moeda brasileira que tem aparecido nos mercados nacional e internacional, nos últimos anos. Uma verdadeira jóia da nossa numismática. Foto e detalhes ampliados. Valor final de arremate: US$ 43,125.00



Figura: D. João VI - 960 Réis 1821R “SGIN” no lugar de “SIGN”, na legenda (rev). Uma das mais raras e fantásticas variantes dessa moeda. Costuma aparecer no mercado, com uma frequência de oferta não inferior a 15 anos. Mais uma vez, um preço muito baixo para tão raro exemplar. US$ 17.825,00 em leilão nos EUA, em 2010.



Figura: D. Pedro II (1683 - 1706) - Recolhimento de 1688, a fim de remediar o cerceio. Marca (esfera coroada) e cordão sobre 4 Cruzados, com carimbos 4 Coroado de D. Afonso VI (levantamento de 1663), e 4.400 Coroado de D. Pedro Príncipe Regente (levantamento de 1668). Essa moeda contém todas as marcas desde D. Afonso VI até D. Pedro II, passando por D. Pedro P.R.. Ex-coleção Eliasberg, leiloada nos EUA.


Figura: Império do Brasil - D. Pedro II (1831 - 1889) - 4.000 Réis (Pedro Menino), 1832R AZEVEDO. Da mais alta raridade (RRRRR). São conhecidos apenas 5 exemplares dessa moeda. Acervo do MVBC. Imagens gentilmente cedidas pelo Museu de Valores do Banco Central do Brasil.

Nota: A imagem de D. Pedro II, dada sua longa gestão, foi a mais representada na numismática brasileira, com gravações que o retratam desde a infância à idade adulta. Durante seu longo reinado, o Brasil teve três sistemas monetários. O primeiro (1831-1834), ainda na Regência, manteve a forma adotada desde o período colonial: moeda nacional e moeda provincial, ou seja, uma destinada a todo o país e outra com circulação restrita à determinada região.
As moedas de ouro continuaram a ser cunhadas nos valores de 6.400 e 4.000 réis e traziam a efígie de D. Pedro II menino, feita pelo gravador Carlos Custódio de Azevedo. O mesmo padrão dos períodos anteriores foi conservado nas moedas de prata.
Com a assinatura de AZEVEDO, existem o 6400 réis (não muito raro) e este da foto, o extermamente raro “4000 réis AZEVEDO”, exemplar sonhado por todo numismata avançado a fim de enriquecer seu acervo de moedas de ouro.
Somos de opinião que, em um leilão internacional ao nível das prestigiosas casas numismáticas, um exemplar como esse chegaria facilmente à cifra dos US$ 300.000,00, mas com grande probabilidade de ultrapassar a cifra dos 350 mil.
Na legenda lê-se: AZEVEDO F. O F final, ao contrário do que muitos costumam dizer, nada tem a ver com a abreviação do nome do gravador. Vem do latim FECIT (FEZ). Assim, colocado junto ao nome,significa AZEVEDO FEZ (executou o trabalho).

Da mais alta raridade (R5). São conhecidos apenas 5 exemplares desta autêntica jóia.



Figura: Reino Unido - D. João VI (1818 - 1822, no Brasil) - 6.400 Réis, 1822R. Da mais alta raridade (RRRRR). Foram cunhados apenas 599 exemplares. Acervo particular.


Figura: Brasil Colônia - D. João Príncipe Regente (1799 – 1816) - Prova de contramarca de 960 Réis, sobre 8 Reales de Ferdinand VII 1809. Da mais alta raridade (RRRRR). São conhecidos apenas dois exemplares. Acervo do MVBC. Imagens gentilmente cedidas pelo Museu de Valores do Banco Central do Brasil.

Nota: Os arranhões, e o brilho da moeda-base, devem-se a um processo de limpeza executado por algum incauto. A moeda se encontrava num conjunto onde todas haviam sofrido esse devastador processo de limpeza, onde suspeitamos tenha sido usado bombril e produtos comuns para limpeza de prata.



Figura: Império - D. Pedro II - As únicas 3 datas em que foram cunhados 960 Réis (1832, 1833 e 1834), sob seu governo, todos em disco próprio, na Casa da Moeda do Rio de Janeiro. A data “1834”, corresponde a última cunhagem de patacões no Brasil. Sua tiragem é de apenas 134 exemplares. Acervo particular.




Figura: Colônia - D. João V - Série dos Dobrões - Casa de Fundição de Vila Rica (Minas Gerais) - Dobradinha mineira FDCE. Dobrão e meio dobrão de Minas, na raríssima data 1724, ambas em estado de conservação FLOR DE CUNHO EXCEPCIONAL. 
Dois exemplares da incomparável e, por que não dizer, inigualável capacidade de expressão artística de habilidosos artesãos que deixaram impressos, em indelével estampa em metal, não só a sua arte, mas também o orgulho de serem protagonistas da história de um Reino (Portugal) que por tantos anos dominou os mares, na condição de nação rica, culta e soberana entre as cortes da Europa medieval e pós-medieval.



Figura: Colônia - D. João Príncipe Regente - 960 Réis. Espetaculares ensaios, em prata e cobre, do único patacão com data 1809. Exemplares em estado FDCE, com impressionante e maravilhosa pátina de medalheiro. Bordo liso. Acervo particular.



Figura: Império - D. Pedro I - 80 Réis de cobre recunhado sobre “ONE LARGE CENT”. Apesar da aparência de moeda falsa, a verdade é que NÃO é contrafeita. O cunho é verdadeiro e corresponde nos mínimos detalhes ao original. Existem apenas dois exemplares dessa “raridade”. Especula-se que, provavelmente, o funcionário da Casa da Moeda que trabalhava na cunhagem, tinha duas destas moedas americanas no bolso. Num dado momento de pausa, sem ter o que fazer, resolveu bater o cunho que já estava em posição, sobre essas duas moedinhas.



Figura: Reino Unido - D. João VI, 960 Réis 1818R. Excepcional e raro recunho sobre moeda americana de 1 dollar do tipo “drapped bust”. Um dos mais belos exemplares de patacão recunhado sobre dollar, existentes até então.



Figura: Uma das três moedas da série “estrelas soltas” que, na conservação FDC, pode ser adquirida por menos de 60 dólares mas qeu devido ao seu excepcional estado de conservação atingiu, juntamente com a de 1.000 e a de 500 réis, a cifra record de US$ 19.219,50, mostrando que o estado de conservação (no caso delas, cunhagem proof) influencia sobremaneira no preço.

Clique nos links a seguir, para conferir: 2.000 réis; 1.000 réis; 500 réis.



Figura: D. João V (1706 - 1750) - Dobra, 12.800 Réis 1731R, escudo itálico (muito rara), estado de conservação soberbo.

As dobras estão entre as moedas mais belas da coleção numismática brasileira. Cunhadas somente durante o reinado de D. João V, foram fabricadas nas casas da Moeda da Bahia e do Rio de Janeiro, além daquelas da Casa de Fundição de Vila Rica (Minas Gerais). Apesar das dobras da casa da Bahia serem as mais raras e mais procuradas, algumas peças do Rio não ficam atrás. Foram cunhadas nesta casa, com dois tipos diferentes de escudo, Oval (1727 a 1731) e Itálico (1731 a 1733), sendo este último tipo de escudo, o mais raro.
Ainda dentro da variante “escudo itálico”, as dobras do Rio apresentam dois tipos diferentes de efígie, uma com a cabeça mais retílinea e pescoço também reto, dando aspecto “cartoonizado” ao busto, e outra mais estilizada, como é o caso do exemplar mostrado na figura.

A data 1731 do Rio de Janeiro aparece tanto com o escudo oval, quanto o itálico. O exemplar da figura é realmente muito raro, com poucas peças conhecidas, principalmente nesse escepcional estado de conservação. Leiloada nos EUA em setembro de 2009. Valor final de arremate: US$ 103.500,00.


Figura: D. Afonso VI (1656 - 1667) - Alvará de 6 de julho de 1663 e Regimento de 7 de julho do mesmo ano, promulgados por Vasco de Mascarenhas, Conde de Óbidos e futuro vice-rei do Brasil.
Carimbo 125 coroado sobre Tostão de D. João IIII / Raríssima contramarca, leiloada nos EUA (Heritage), em 2010, leilão #3009, lote 20353, arrematada por US$ 5.750,00, bem abaixo da nossa estimativa de US$ 15.000,00 (mínimo para essa peça, nesse estado).



Figura: D. João V - Casa da Moeda da Bahia - 6.400 réis 1730B (peça), 2º tipo de escudo. Da mais alta raridade, sendo provavelmente o único exemplar conhecido. Foto ampliada. Acervo particular.



Figura: D. José I - 6.400 réis 1758 B em excepcional estado de conservação (MS 66). Um claro exemplo de como o estado de conservação tem uma notável influência sobre o preço.
Essa moeda da Bahia costuma costuma aparecer nos estados MBC e SOB. São difíceis os exemplares FDC, mas com um pouco de paciência, encontramos belos exemplares QFDC a preços que variam de 1500 a 2500 dólares. Porém, o da foto é algo muito além, pois trata-se de moeda perfeita. Aqui, é o estado que dita o preço. A moeda da foto foi negociada em leilão nos EUA por pouco mais de 14.000 dólares.



Figura: República - 2.000 réis (cabeça). Foi cunhada em 3 datas (1891, 1896 e 1897), nas seguintes quantidades:

1) 1891 - 40.000 exemplares.
2) 1896 - 10.000 exemplares, sendo a mais rara.
3) 1897 - 160.000 exemplares.

Raramente são encontradas nesse estado de conservação (flor de cunho excepcional - MS 65). Uma moeda especial à espera de um posto especial, um lugar de destaque na coleção de alguém que ame muitíssimo o nosso nobre hobby. Simplesmente fantástica.

Curiosidade: A escassez dessa moeda, pelo que se pode constatar, não se deve à uma reduzida cunhagem. As poucas peças que aparecem no mercado foram aquelas que, graças à nossa querida numismática, escaparam do forno inglês. Isso mesmo !!! FORNO.
O governo brasileiro, ao pagar parte de uma dívida com a Inglaterra, praticamente enviou à coroa inglesa todo o estoque que possuía dessas moedas, talvez a última herdeira da magnífica arte dos nobres artesãos do Império.E pasmem...todas FDC.
Como na época, o metal contido na moeda valia mais que seu valor extrínseco, e como não interessava aos ingleses uma moeda estrangeira, resolveram mandar todas à fundição. Pelo menos é o que consta dos documentos oficiais.
Mesmo assim, ainda acredito que, em algum cofre na Inglaterra, alguém tenha guardado, algumas poucas que sejam, dessas belíssimas moedas. Afinal, digam a verdade: Quem teria coragem de colocar jóias como estas num forno e derretê-las ?
Exemplares dessa moeda, em qualquer das 3 datas, não aparecem com frequência. Nesse estado (MS 65) são extremamente raras (foram poucas as oportunidades que tivemos uma em mãos, e sempre na data 1897).
O exemplar datado 1897, que aparece na foto acima, foi leiloado nos EUA em 2002, por um valor muito, muito baixo (US$ 1.208,00). Isso costuma acontecer em alguns leilões nos EUA e Europa por não serem conhecidos no Brasil ou pelo fato da casa de leilões não se importar em divulgar a comercialização de moedas estrangeiras (dão ênfase ao comércio de moedas americanas).
As datas 1891 e 1896 são as mais raras e giram em torno do mesmo preço, apesar de terem sido cunhadas em quantidades diferentes. Encontrá-las FDC é o que eu chamaria de missão quase impossível. Quem tem não vende, e se vender irá pedir um preço alto.
Já a data 1897 aparece com mais frequência. Mesmo assim, nesse estado (FDCE) é muito, muito difícil. O preço pago pelo felizardo comprador é o que eu chamaria de uma bagatela. Acontece como por exemplo, sucedeu a outro felizardo (brasileiro) que num dia de tempestade em Chicago, como não tinha nada para fazer no hotel, resolveu dar um pulo num leilão de moedas e acabou levando uma peça da coroação por 50.000 dólares, uma pechincha (acontece, mas é raro). Se quisesse, teria comprador para ela, no dia seguinte, por 3 vezes o preço pago, no mínimo.
A nossa avaliação dessa moeda com data 1897, no estado em que se encontra (FDC excepcional) é de US$ 4.500,00, mais ou menos R$ 8.000,00, como valor mínimo, o que pode aumentar consideravelmente, o que acontece, por exemplo, em leilões, caso existam mais de dois interessados nela. Só vimos uma tão perfeita como essa numa coleção do Paraná (essa da foto pertencia a uma coleção americana).
Conhecemos um trio FDCE, todos pertencentes ao mesmo acervo de um colecionador do Paraná que, por uma questão de privacidade, não podemos dizer de quem se trata. É um conjunto maravilhoso, onde as três peças se encontram num estado equivalente ao dia em que foram cunhadas. Verdadeiras jóias da nossa numismática.


Figura: Brasil - D. José I Série dos “J”s - Estupendo exemplar de 600 réis da série “J”, datado 1755, da Casa da Moeda do Rio de Janeiro. Estado de conservação FDC (MS63). A moeda da foto acima foi leiloada nos EUA pela “bagatela” de US$ 6.325,00. Foto ampliada. Acervo particular.

Comentário: A raridade aqui não diz respeito ao tipo, à Casa e nem mesmo à data. O valor dessa moeda é determinado, em 90% de seu conjunto, pelo seu excepcional estado de conservação, uma verdadeira raridade em se tratando dessa moeda. São raras as moedas da série J em estado de conservação acima de MBC. Mais raras ainda quando em estado soberbo. Praticamente inexistentes no estado FDC, como a da foto acima.



Figura: D. Maria I e D. Pedro III - Excepcional exemplar de 1.600 réis da Casa da Moeda da Bahia, 1780 letra monetária B junto da data, estado de conservação FDC (MS65), leiloado nos EUA em 2005 - 3,56 grs; 20,10 mm. Aparência geral excelente em se tratando deste tipo de moeda que geralmente aparece em precário estado de conservação (isso quando aparece, o que é muito difícil). É moeda da mais alta raridade cujo preço vem crescendo significativamente, demonstrando um interesse grande, principalmente de investidores. O exemplar acima foi leiloado em 2005, alcançando a cifra de US$ 29.900,00 (vinte e nove mil e novecentos dólares americanos), um valor considerado por nós ainda baixo, o que se justifica pela escassa informação que as fontes de consulta estrangeiras (world coins, Krause, etc) fornecem a respeito dessas raridades que cotam a moeda em intervalos de estimativa muito aquém do seu real valor de mercado. Foto ampliada, ex-coleção Eliasberg.

Tratam-se de moedas muito raras ou raríssimas que dificilmente se encontram no mercado numismático. Mesmo nos grandes leilões de casas especializadas a presença destes exemplares não é frequente; muito pelo contrário, dificilmente são encontradas, mesmo em estado de conservação precário, o mesmo acontecendo com aquelas cunhadas nos governos de D. joão V e D. José I, de mesmo tipo. Os poucos exemplares que tivemos a oportunidade de observar pertencem a acervos de grandes coleções, instituições financeiras, museus e bancos. Com relação às poucas moedas que raramente aparecem no mercado, somos de opinião que esta ainda não atingiu seu real e merecido valor no contexto da numismática brasileira; todavia é percebido um ligeiro aumento do interesse de investidores estrangeiros em moedas que no passado atingiam preços relativamente modestos, se comparados com os praticados ultimamente. Mesmo assim, apesar de muito raras ainda são negociadas a valores que ainda não correspondem ao seu status de raridade. O colecionador/investidor deve estar atento a uma eventual “subida” nos preços deste tipo de moeda que certamente demonstra ser um excelente investimento, principalmente em exemplares a partir da graduação MBC.



Figura: Brasil Colônia - D. João V (série das dobras), Casa da Moeda do Rio de Janeiro (letra monetária R), 3.200 réis 1749R, 2º Tipo de escudo: ITÁLICO, em excepcional estado de conservação, (MS65) FDC/FDCe. Das 3 datas (1739, 1741 e 1749) é a mais comum. Todavia, a influir muito na cotação é o excepcional estado de conservação, US$ 46.000,00 (leilão realizado nos EUA). Nas duas outras datas (1739 e 1741), os melhores exemplares que conhecemos encontram-se no estado de conservação mbc.



Figura: Brasil - D. Pedro II - Série dos Cruzados - Casa da Moeda do Rio de Janeiro, sem letra monetária, datado 1844 (3 conhecidas). O exemplar acima pertenceu à coleção do Dr. Silveira, de Curitiba. Foi vendido em leilão da SNP (Sociedade Numismática Paranaense) que se encarregou da venda de toda coleção do numismata. O último leilão dessa moeda ocorreu nos EUA em 2011. Valor final US$ 83.375,00, já com a comissão do leiloeiro.

Figura: Colônia - D. João V (1706 - 1750) - Casa da Moeda da Bahia, 12.800 Réis, 1727, segundo tipo de escudo. Bentes 101.04. Muito rara (R3). Excelente estado de conservação.




Figura: Casa de Fundição de Sabará - barra de ouro número 79 marcado (3 onças, 1 oitava e 12 grãos), peso teórico 90,24 gramas. Ensaiador AP?, sem moldura. Título (23 quilates, 3 grãos). Escudo oval 960. Registro Kurt Prober, folha 125, Nr. 1812-S-79. Acompanha guia. Grau de raridade R5.
A raridade se dá sobretudo devido à guia que acompanha a barra.
A ilustração desta barra aparece pela primeira vez no Catálogo do Leilão de HANS M. F. SCHULMAN, de Nova York, de 14/6/1967, inserida como lote nr. 1117, de última hora . Foi fixado o preço base de US$ 3.000 - US$ 4.000 pela barra com guia. No leilão o peso foi estabelecido, equivocadamente, como sendo de 31,13 gramas, diferente dos 90,24 gramas que faz da peça a mais pesada conehcida, oriunda da Casa de Fundição de Sabará.
No Catálogo de Moedas Brasileiras editado por Hélio Guimarães de Curitiba, em 1972, esta barra aparece ilustrada com o número 700A.
Acervo de moedas do Dr. Roberto Villela Lemos Monteiro, leiloada na prestigiosa casa Heritage.



Figura: O raríssimo 10.000 réis da Republica, data 1922, emendada de 1911. Foram cunhados apenas 6 exemplares dessa jóia de rara beleza. O exemplar da figura pertenceu ao acervo da coleção RLM do Dr. Roberto Villela Lemos Monteiro. A belíssima moeda, em grau de conservação MS64 foi leiloada recentemente nos EUA, por US$ 105.750,00, valor por nós considerado baixo para esse exemplar da mais alta raridade. Última moeda de ouro (meio circulante) do Brasil republicano.








Figuras: “SEXTETO” MINEIRO - Um rei que mandou construir o Convento de Mafra, o Aqueduto das Águas Livres, a Igreja dos Clérigos, o Palácio de Queluz; que alavancou a indústria e foi mecenas das artes e das letras, não poderia, também, deixar de cunhar moedas únicas. A série completa dos dobrões da Casa da Moeda de Vila Rica, Minas Gerais, letra monetária MMMM.


Figura: Brasil colônia - D. João V - Casa da Moeda da Bahia, 6.400 réis 1732B, terceiro tipo de escudo, provavelmente única (só conhecemos um exemplar dessa peça da mais alta raridade). Leiloada nos EUA em 4 de Janeiro por US$ 146.875,00, uma verdadeira “pechincha” para essa moeda em estado de conservação MS61-NGC.




Figura: O OBJETO DO DESEJO DOS COLECIONADORES DE 960 RÉIS - Entre as raridades da coleção dos 960 réis, certamente, em primeiro lugar vem o patacão 1809R, exemplar único, hoje no acervo do MVBC. Em seguida temos:

2. 960 réis 1819 B
3. 960 réis 1821 R SGIN
4. Recunho sobre dollar
5. Recunho sobre 2 rupias e por aí vai...

Mas esta da foto (WOW...duplo wow...triplo wow) em nada deixa a desejar às citadas anteriormente. Sua raridade não se deve somente à variante (960 réis 1821 R entre cruzetas, o que por si só já é muito raro), mas também ao estado de conservação da peça (FLOR DE CUNHO MS63).

Como se tudo isso não bastasse, a moeda é recunhada sobre SOL ARGENTINO.

É DE TIRAR O FÔLEGO !!!

Nota: Todas as vezes que inserirmos novas "jóias", daremos um "up" nesse tópico.